Estudo “A Visão das Empresas Portuguesas sobre os Riscos”, desenvolvido pela Marsh Portugal, indica quais são os principais riscos percecionados pelas organizações nacionais.

De acordo com os resultados do mais recente estudo “A Visão das Empresas Portuguesas sobre os Riscos 2022”, divulgado pela Marsh Portugal, o risco de falha na cadeia de fornecimento é o que mais preocupa as empresas nacionais, no que respeita aos riscos que podem enfrentar em 2022. Este estudo nacional tem como objetivo fazer uma ponte com o “Global Risks Report 2022”, desenvolvido pelo World Economic Forum e que contou com o apoio estratégico do Grupo Marsh McLennan.

De acordo com o presente estudo, 51% das empresas portuguesas considera que a falha de medidas de cibersegurança é o principal risco que o mundo poderá vir a enfrentar em 2022, ainda que imediatamente seguido pela pandemia/propagação rápida de doenças infeciosas com 48%. Os choques nos preços dos produtos (commodities) preocupam 47% das empresas, sendo o terceiro maior risco sentido, seguido da inflação, com 45%. Os eventos climáticos extremos mantêm-se no grupo dos principais riscos, este ano em quinto lugar, destacado por 40% das empresas. Em relação ao estudo de 2021, no top cinco das preocupações das empresas deixaram de estar os riscos de crises fiscais e financeiras em economias chave, elevado desemprego ou subemprego estrutural, sendo que ambos tiveram uma queda elevada para a 22.ª e 20.ª posição.

Ao focar nos riscos que as empresas consideram que as vão afetar diretamente, o risco da falha na cadeia de fornecimento subiu do nono lugar (16%) para o primeiro com 58%, seguido dos ataques cibernéticos (53%) que figurou o topo da lista durante os últimos quatro anos. Já a instabilidade política ou social ocupa o terceiro lugar com 45%. A pandemia, que estava em segundo lugar, está agora em quarto (36%), seguido da retenção de talentos (34%).

Fernando Chaves, Risk Specialist da Marsh Portugal, afirma que “é fundamental que exista uma mobilização urgente para uma ação climática e para uma transição energética. As organizações têm de ponderar um maior número de cenários de risco, considerando até os mais imprevisíveis. O futuro das gerações mais novas está nas mãos das soluções que construirmos agora”.

A esmagadora maioria das empresas (86%) afirma dar a suficiente importância (44%) ou elevada importância (42%) à gestão de riscos. No entanto, destaca-se que o número de empresas que não se foca nesta questão aumentou de 9% para 14%, durante o último ano, retomando o mesmo intervalo de valores que se verificavam no período pré-pandemia. Relativamente ao orçamento disponível para esta área, 37% dos inquiridos diz que o valor aumentou em 2022.

Fernando Chaves acrescenta que “a crise que vivemos dá ainda maior relevo à competitividade entre empresas, dando razão à conhecida ideia de que não é o mais forte que sobrevive, mas o que melhor se adapta às mudanças. Por isso, é crucial apostar cada vez mais em equipas profissionais e multifacetadas em gestão de riscos”.


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Fonte: jp.di; IT Security;